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OI, EU SOU UM TEXTO

  • Foto do escritor: Ingrid Moraes
    Ingrid Moraes
  • 29 de ago. de 2024
  • 1 min de leitura

Não quero lhe assustar, não é minha função.

Só peço que entenda as figuras de linguagem 

dentro dessa oração.


Tem vezes que me perco, consertando essa morfossintaxe.

Por todas as vezes gostaria que me encontrasse.

Já me fiz de poesia para que em branquissemia

você me chamasse.


Me escrevo. Te vocativo.

Sou preposição e proponho, pois te necessito.

Vem ser meu complemento, verbal, nominal ou oblíquo.


Não precisa nem entender, no caminho te explico.


Gosto de ver seu nome junto ao meu,

Tal como Julieta e Romeu.

Leitor e leitura, um belo casal.

Podia te apresentar a toda classe gramatical!


Esse pretérito imperfeito, mais-que-perfeito,

é meu modo subjuntivo,

Pois sou apenas sujeito simples.

Pronome pessoal, subjetivo.


Minha vida é uma regência nominal a ti. 

Peço que não me deixe aqui.


Estou a mercê!

Sem ser lido, sem sentido,

Sem análise e sem você!

 
 
 

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© 2024 por Ingrid Moraes | Dezessete e Trinta

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