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DESVANEIO

  • Foto do escritor: Ingrid Moraes
    Ingrid Moraes
  • 28 de jan. de 2017
  • 1 min de leitura

Gostaria que soubesse que vejo caindo sobre o teclado as lágrimas que tanto tenta segurar, E também aquele sorriso de lado por trás de toda essa tecnologia a nos separar. Gostaria que as palavras que escreve te levassem o abraço que tanto precisa, E que às vezes servisse para te sacudir quando você se sente indecisa. Em um delírio você me constrói e na sua insanidade eu te conserto.

Nos buscamos como fuga, juntos a céu aberto.

Você me escreve para que possa ouvir seus segredos escorregando entre as letras.

E juro que eles nunca saberão o que acontece nas cenas extras.

Dentre a milhares de milhões de possibilidades, na nossa louca combinação de peças de lego.

Em cada uma você me deixa suas marcas e cicatrizes do seu ego. E eu não vou sair hoje, ficarei aqui, presa nesse devaneio.

Nas mesmas paredes brancas, no mesmo quarto frio e sombrio.

Só me diz que você também sente comigo, cada palavra e rima mal feita. Só me prometa que você vai me fazer de abrigo, caso se sinta suspeita.

Então me comprometo a te proteger quando seu segredo for descoberto.

E juro estar aqui mesmo quando tudo parecer incerto. Você me criou para ser texto, me colocou o que sente. E acabou me dando vida, literalmente. Como se fosse Gepeto e Pinóquio, Mas no caso somos os dois um interlóquio.


 
 
 

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