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INDECISÃO

  • Foto do escritor: Ingrid Moraes
    Ingrid Moraes
  • 29 de jan. de 2017
  • 1 min de leitura

Preciso de um café, preciso de um bar.

Preciso de um chá para me acalmar.

Preciso tanto sentar sozinha à beira do cais. Preciso de rendição, estou cansada demais.

Às vezes me afogo em minha indecisão, Caio em uma areia movediça de não ter opção. Por saber o que quero mas deveria não querer, Por entender o que não é preciso mas que ainda preciso ter. Grito aos sete ventos minhas inverdades,

Para ver se desapareço dessa cidade.

Para ver se ao menos eu escuto, se ao menos eu esqueço. Para ver se encontro o meu recomeço. Eu sei que tudo muda, que tudo se inverte. Mas não sei a direção, meu sol não nasce mais no leste. Como encontro o caminho se toda placa adverte: Não tem retorno nesse faroeste.

Qual o diagnóstico quando não se sabe o que dizer? Qual o prognóstico quando não se sabe o que fazer? Qual a solução quando não sabe o que solucionar? Qual o fim de quem não sabe a decisão a tomar? Eu vou saber por quê nunca soube, espero entender algum dia. Talvez quando souber não mais me envergonhe da minha covardia. Mas por enquanto estou cansada de procurar resposta certa para essa errada confusão. Não saber é tudo que tenho para lidar com essa minha indecisão.


 
 
 

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