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HOJE É AMANHÃ

  • Foto do escritor: Ingrid Moraes
    Ingrid Moraes
  • 8 de jun. de 2017
  • 1 min de leitura

A gente vive procurando viver. Vive procurando um depois compactado, até descobrir que ele é feito de sucessivos "agoras" soltos.

Horas por dia buscando o futuro. Noites em claro caçando o passado.

Vivemos procurando afeto no que já não nos quer mais afetar. Buscando paz quando nem ao menos sabemos lidar com a calmaria. Dias de semana buscando menos caloria. Final de mês buscando mais economia. A gente segue em busca do que não queremos, mas, nos sentimos bem por querer.

Ao menos se a gente soubesse que quem muito quer é porque pouco tem. Talvez tudo que precisamos esteja no hoje, no agora. Nesse instante, nessa noite. Um trampolim para saltar, um tijolo para somar.

Ao menos se a gente parasse de procurar mais e começasse a procrastinar menos. Porque o amanhã se esconde no hoje - pena que a gente só percebe isso quando já virou ontem, quando o amargo do arrependimento nos encontra - e toda uma vida de procura, no nada se perde.

Me chamaram de louca por pensar assim, não soube como reagir, não aprendi a receber elogios sem me emocionar.


 
 
 

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