SAÍDA DE EMERGÊNCIA

Tenho buscado a porta vermelha sem fechadura e subido para o último andar. Tenho ficado quieta nas escadas, onde ninguém vai me procurar. Tenho ido até o terraço, abandonado o universo inteiro, Permanecido longas horas, criando meu próprio cativeiro. E assim quem sabe, encontro a paz que tanto busco, Entre degrau e corrimão, entre a porta vermelha e a parede, solidão. Longe do espelho no elevador, longe do caos lá fora. Longe das catracas travadas, longe da hora. Me encontre em uma dessas escadas, não me deixe ir embora. Ou então nem me procure, não quero ir lá pra fora.

Só quero ficar de longe e observar o jogo. O mundo tem sido incêndio e o céu meu corta-fogo.