FIDELIDADE À MORTE
- Ingrid Moraes
- 27 de jun. de 2017
- 1 min de leitura
Desde concebidos nos perdemos na tentativa de se comprometer. Em vão. Falhamos, hora ou outra, ao menos um segundo. Hipocrisia achar que não. Somos infiéis à genética e infiéis à sociedade. Infiéis as expectativas que depositam em nós e às crenças que depositamos no mundo. Somos infiéis aos que estão distante e ainda mais aos que estão próximos demais.
Somos infiéis à nossa própria opinião e até à própria vontade.
Somos infiéis por não sermos mantenedores da confiança,
Não detemos a certeza do amanhã, do outro e ao menos de nós mesmos.
Não temos compromisso com a vida,
Ora, se tivéssemos a conservaríamos ao invés de perdê-la a cada dia. Se fôssemos realmente fiéis nos preservaríamos sem uma sequer alteração.
Na estabilidade de se viver fiel.
Nós mantemos inconstâncias, pois como infiéis, é um risco se viver.
Somos fiéis apenas à morte.
E assim, ei de ser.
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